PULSEIRA ELETRÔNICA EM RECÉM-NASCIDO

Por Evaldo Tavares Barbieri
Fonte da informação:
http://www.brasiliano.com.br/revistas/edicao_59.pdf?PHPSESSID=1d381f30a02a65c63b13c164095023fc

Resumo

O uso da pulseira eletrônica com RFID em recém-nascidos nos hospitais e clínicas; métodos para evitar o sequestro dos bebês; como agem as pessoas que pretendem cometer o sequestro, fazendo uso de informações, sacolas e outros recursos para o ato ilícito; os processos judiciais sob os quais as instituições de saúde estão sujeitas; e a exposição do assunto nas emissoras de televisão em horários nobres.

Palavras-chave: Recém-nascidos, pulseiras eletrônicas, hospitais, sequestro, maternidade, risco.

Abstract

The use of the electronic bracelet with RFID (radio frequency identify) in newborns in hospitals and clinics; methods to avoid the newborns kidnapping; how people act when they intend to commit the crime of kidnapping, using informations, bags and other resources for the tort; the lawsuits that health institutions are exposure; and the subject on television network prime time.

Keyword: Newborn, electronic bracelet, hospital, kidnapping, maternity, risk.

1. INTRODUÇÃO

Não é de hoje que os sequestros de crianças ou recém-nascidos ocorrem em hospitais, maternidades e clínicas pelo Brasil afora e, podemos até falar que isso não é uma atitude somente brasileira. Geralmente quando ocorre um sequestro de recém-nascido, o assunto torna-se manchete para jornais que são exibidos em horários nobres e causa um tremendo desconforto para as pessoas que, naquele ambiente de trabalho, exercem atividades honestas, pois a insegurança paira sobre as cabeças de todas as pessoas. Em primeiro lugar, haverá, por parte da alta gestão do hospital, uma cobrança maciça sobre os colaboradores exigindo informações a respeito de onde pode ter ocorrido a falha para que pudesse ser possível um sequestro de uma criança ou recém-nascido. Nesse processo, a imagem da instituição fica muito comprometida, sem falar no corpo de segurança do local que tem que zelar pela segurança de todos os pacientes e colaboradores que trabalham na instituição.

2. OBJETIVO

Descrever o uso das pulseiras ou tornozeleiras eletrônicas com dispositivo RFID nos hospitais e clínicas que recebem crianças e recém-nascidos de forma a evitar sequestros dentro das instituições de saúde.

3. DESENVOLVIMENTO

Em alguns hospitais do Brasil, o uso das pulseiras eletrônicas, que podem impedir ou inibir os sequestros de recém-nascidos ou crianças, pode se tornar uma realidade em pouco tempo, dependendo apenas de assinaturas de prefeitos.

Em outros países como França, Inglaterra, Austrália entre outros, o uso de um sistema de RFID (Identificação de Radio Frequência), que visa evitar que esses casos ocorram,está sendo exigido por lei. Tal sistema visa, também, evitar a troca de bebês nas maternidades, uma vez que o sistema vai identificar a mãe e o bebê através de uma numeração ou através do RFID.

Hoje em dia nas maternidades brasileiras, é usada uma pulseira de plástico que associa as mães aos bebês, simplesmente colocando os nomes da mãe em ambas as pulseiras. Mas muitas vezes o que ocorre é que quando recebem alta, estas pulseiras são retiradas dos pulsos tanto da mãe quanto do recém-nascido, antes da saída efetiva da instituição de saúde. É preciso entender que o uso das pulseiras visa preservar a segurança e a integridade de ambos, tanto do bebê quanto a mãe, já que, caso o sequestro se concretize podem ocorrer traumas bastante danosos para as mães e parentes próximos.

Algumas instituições entendem que o sistema de CFTV (circuito fechado de TV), já seria o suficiente para evitar o sequestro, não havendo, assim, a necessidade do uso das pulseiras eletrônicas. Segundo essas, a simples presença da segurança e do sistema de CFTV já seriam suficientes mitigar o risco de sequestros ou de outros atos danosos.

É verdade que o sistema de CFTV é muito efetivo em inibir o risco, mas não o evita.

É preciso entender que os sensores somente não produzem resultados satisfatórios, há a necessidade de implementar procedimentos que complementem o processo, o que exige um colaborador para fiscalizá-los e monitorá-los.

Para a implantação do sistema de braceletes RFID, é preciso além de investir nos braceletes eletrônicos RFID em si, investir nas antenas, que são as unidades receptoras do sinal de RF (rádio frequência), as quais devem ser posicionadas estrategicamente nas portas ou saídas onde, obrigatoriamente, as crianças devem sair, bem como nas demais portas de acesso às instituições de saúde, para evitar saídas com as crianças.

Conforme observado nos históricos de sequestros de bebês e crianças, esses contam, geralmente, com a participação direta de colaboradores da instituição ou com a conivência para que a informação privilegiada fique exposta para quem deseje cometer a ação criminosa.

Na comunidade materno-hospitalar, há pessoas desempenhando diversos tipos de serviços como: pessoal de limpeza, administrativo, prestadores de serviços, enfermeiros, médicos, entre outras.

Os funcionários da área administrativa utilizam roupas ou uniformes de cores diferentes do branco, enquanto que a cor branca é comumente utilizada no uniforme usado por pessoas ligadas ao trato e cuidado com os pacientes.

Os médicos, geralmente, utilizam uniforme branco, bem como as enfermeiras e auxiliares de enfermagem. Os vetores que mais cometem os delitos, são mulheres, se passando por enfermeiras, técnicos de enfermagem ou auxiliares de enfermagem.

A alegação que os criminosos, geralmente, utilizam é que vão pegar a criança para fazer um exame, pesar, dar banho ou qualquer outra desculpa que possa deixar a mãe da criança entendendo que seu recém-nascido está sendo antendido da maneira que necessita, porém, o que ocorre, é justamente o contrário. Essas pessoas colocam as crianças dentro de sacolas ou bolsas grandes para não causarem suspeita durante o percurso no interior dos hospitais ou clínicas.

Existem hospitais particulares que possuem alguns processos de controle e vigilância para as crianças recém-nascidas, como a existência de elevador privativo para levá-las ao berçário ou para realizar algum procedimento necessário e a escolta de vigilante para levar os pacientes para todos os lugare, ou seja, a criança dispõe de um guardacostas.

Nesses casos, as pulseiras podem ser consideradas desnecessárias, em razão de o segurança estar escoltando todos os passos do bebê do lado de fora do berçário ou do quarto onde a mãe está instalada. 

Os processos de revistas e o uso das pulseiras são imprescindíveis, uma vez que, nos hospitais e maternidades, pessoas trajadas de branco entram sem serem questionadas.

Existem algumas empresas certificadoras, que visam, entre as necessidades básicas, o controle efetivo do acesso nos hospitais, de forma a restringir a entrada de pessoas, verificando quem pode e quem realmente precisa adentrar nos hospitais. A vigilância sanitária também vem fazendo recomendações sobre a restrição de acesso nas alas de maternidade e berçários dos hospitais, de modo a evitar dissabores ao ter ver imagem da instituição nas televisões no horário nobre falando sobre de sequestros e sumiços de bebês. Tal exposição é bastante ruim para a imagem de um hospital, sem falar dos processos judiciais que podem decorrer desses atos criminosos feitos nas instituições ou da pressão do ministério público pela exigência de informações sobre uma situação que fugiu do controle da instituição de saúde.

É comum não haver revistas em sacolas nos hospitais, pois algumas instituições zelam pela integridade do cliente que é considerado, muitas vezes, o único que tem razão. Ocorre, porém, que é nestas sacolas ou bolsas que circulam livremente pelos hospitais e instituições de saúde, que são transportados além dos bebês, roupas de cama, toalhas e outros produtos de uso dos hospitais, que são considerados souvenirspara as pessoas que cometem o ato ilícito.

 

 

 4. CONCLUSÃO

Basta um jaleco branco para se ter passe livre em muitos hospitais do Brasil. Com esse jaleco e mais uma sacola, o sequestro de um recém-nascido pode ser concretizado se não houver algum tipo de controle como e, principalmente, as pulseiras ou outra forma de controle que tenha um monitoramento efetivo a fim de evitar os crimes. Há, contudo, a necessidade de testes nas pulseiras para verificar se seu uso é eficaz a fim de justificar o investimento no sistema RFID.

5. REFERÊNCIAS

Site G1: França adota pulseiras eletrônicas para impedir sequestros de bebês.

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